Não estava preparada

Verdade seja dita, nunca a nossa seleção mostrou um futebol à altura de tanta badalação. Nossa seleção se mostra irregular desde a conquista do pentacampeonato e muitos dos nossos jogadores só são craques em seus clubes.
De 2002 para cá, só lembro de dois jogos espetaculares da seleção: Um contra a Argentina, na final da Copa das Confederações, e contra o Chile, nas eliminatórias. Em outras vitórias, não convenceu. Muito pouco para uma seleção dita super-favorita.
A equipe estava desentrosada, o tal quadrado mágico (formado por Kaká, Ronaldinho Gayúcho, Adriano e Ronaldo) só jogaram juntos uma única vez antes da convocação. Esta partida solitária foi contra a Venezuela na última rodada das eliminatórias, que não convenceu ninguém.
Ronaldinho Gaúcho não fez nada, como sempre. Kaká jogou bem em dois jogos e sumiu, talvez tenha sido o cansaço, pois no caso dele se justifica por ser o jogador que mais jogou na temporada. Adriano fez uma péssima temporada na Itália, e repetiu na seleção. Cafu e Roberto Carlos só fizeram número. Robinho não teve as oportunidades que merecia.
Por outro lado, quem estava desacreditado surpreendeu. Dida, Lúcio, Juan e Zé Roberto fizeram uma belo mundial. Ronaldo, se não foi brilhante, fez sua parte. O fenômeno não tinha condições físicas de disputar uma competição deste porte, se foi escalado a culpa é do técnico. Ele se esforçou durante todo o mundial, e contra França correu, buscou jogo, tentou alguns chutes, mas a bola não chegava na área.
O Brasil acreditou que os talentos individuais bastariam para ganhar uma Copa do Mundo. Apesar de ter, disparado, o melhor elenco do mundo, com uma mescla de juventude e experiência, a seleção penta não estava preparada para ser hexa.